Fonte: Fábio Barbosa – Assessoria de Imprensa
Obter o melhor aproveitamento possível nos jogos em casa. É com esse objetivo que o Concilig Vôlei Bauru enfrenta o São Bernardo Vôlei nesta terça-feira (24), às 19h30, no ginásio Panela de Pressão, em Bauru. A partida encerra a sequência de quatro jogos seguidos que a equipe bauruense faz em casa nesse início de Superliga Feminina.
Em três jogos realizados até agora em Bauru, o Concilig possui duas vitórias (contra Rexona Ades e o Renata Valinhos/Country) e uma derrota (diante do Vôlei Nestlé/Osasco). Com 66,6% de aproveitamento, a equipe ocupa a sexta posição na classificação geral, com seis pontos. Já o São Bernardo Vôlei ainda não sabe o que vitória nesta edição da Superliga. Foram quatro jogos (dois em casa e dois fora) e apenas um set vencido, deixando a equipe do ABC na penúltima posição sem nenhum ponto ganho.
É justamente essa campanha do adversário que preocupa o técnico do Concilig Vôlei Bauru, Chico dos Santos, pois a situação é semelhante à da partida anterior, contra Valinhos, que também chegava para o jogo sem vencer, na lanterna da tabela, e complicou muito a vida das bauruenses dentro de quadra. “A vitória contra o Rexona encheu a nossa equipe de confiança e isso é perigoso, até pelo pouco tempo entre um jogo e outro, pois as atletas entram em quadra pensando que vão fazer naturalmente o bom jogo que fizeram na partida anterior e não é bem assim. Do outro lado tínhamos um adversário forte, apesar da campanha ruim, que complicou muito nosso jogo. É esse cuidado que temos que ter contra o São Bernardo, que também vive um momento ruim, mas tem um grande potencial.”
Além do excesso de confiança, Chico sabe bem o que precisa melhorar para a partida desta terça-feira. “Precisamos errar menos. Na partida contra Valinhos nós erramos 14 ataques, nove saques e tomamos 13 bloqueios. Tudo isso é ponto que demos para nosso adversário. Com uma quantidade de erros como essa, normalmente, a equipe perde o jogo de três a zero, mas elas se superaram mais uma vez e ainda saíram com a vitória sem perder nenhum set. Fiquei insatisfeito com o excesso de erros que cometemos, mas feliz com a superação da equipe. Porém, nesse próximo jogo não podemos errar tanto, pois será fatal”, explica o treinador.
A levantadora Camila Adão concorda com as observações do técnico e prega mais concentração diante do São Bernardo. “Sabemos que não fizemos um bom jogo contra Valinhos, foi um dia atípico em que não conseguimos impor nosso ritmo, faltou mais concentração da nossa parte. É difícil enfrentar uma equipe tão forte como o Rexona e depois manter o mesmo volume de jogo na partida seguinte, há um relaxamento natural. Mas esse jogo serviu como lição para não voltarmos a cometer tantos erros nos próximos.”
O ADVERSÁRIO
Apesar da campanha ruim até aqui na Superliga, o São Bernardo é uma equipe tradicional do voleibol paulista. Sob o comando do técnico Willian Carvalho, medalhista de prata como jogador nas Olímpiadas de Los Angeles (1984) e no mundial de Buenos Aires (1984), o elenco do ABC conta com jogadoras experientes como as opostas Renatinha e Elisângela (ex-Osasco) e promessas como a central Milka, campeã mundial sub-23 na Turquia com a seleção brasileira.
As derrotas do São Bernardo na Superliga foram para o SESI-SP (3×1) e Osasco (3×0) jogando fora de casa, e para o Rexona Ades (3×0) e Rio do Sul (3×0), em São Bernardo do Campo. Chico dos Santos destaca as variações de jogada como uma das principais armas das adversárias. “O Willian modifica bastante a equipe durante o jogo, as 14 jogadoras estão sempre jogando, o que dificulta muito nossa marcação tática. Por isso, nós estamos estudando bem as jogadas delas para não sermos surpreendidos. Mas temos que focar no nosso jogo, para evitarmos os erros da partida contra Valinhos.”
Camila Adão aposta no fundamento que vem sendo o destaque do Concilig Vôlei Bauru na Superliga, o bloqueio, para conseguir um bom resultado. A equipe bauruense é a segunda que mais pontuou nesse fundamento na competição, com 42 pontos, atrás apenas do Rio do Sul, que tem 50 pontos. “Temos que forçar o saque desde o início para que nosso bloqueio funcione bem, como na partida contra o Rexona, e não errar tanto na recepção. Se esses fundamentos funcionarem, tudo caminha para um bom resultado.”