Fonte: CBV
Os fãs do vôlei de praia puderam voltar ao tempo e relembrar momentos mágicos do esporte neste sábado (05.09), na Praia de Copacabana. Os brasileiros Franco e Roberto Lopes, primeiros campeões do país no Circuito Mundial, enfrentaram em um duelo de exibição os norte-americanos Sinjin Smith e Randy Stoklos durante o intervalo dos jogos do Rio Open, etapa brasileira válida pelo tour internacional.
O time dos amigos cearenses acabou superado por Smith e Stoklos por 11 a 9, mas na visão de Franco, o principal foi homenagear e resgatar a essência com times precursores do esporte.
“Aproveitamos esta visita ilustre destes dois nomes importantes do vôlei de praia. Eles são nossos ídolos, foram responsáveis por tudo que acontece hoje. Temos as organizações e as instituições, mas os atletas são o foco principal. Costumo dizer que as coisas inesperadas são as mais incríveis. Não tínhamos programado, e em um dia e meio eu chamei o Roberto e ele topou”, contou o ex-jogador e gerente de seleções da CBV.
Feliz com a atmosfera criada na arena principal do torneio, após ouvir a torcida gritar seu nome novamente após quase vinte anos, Roberto Lopes comentou a importância da partida e da homenagem aos ex-atletas que criaram a rivalidade entre Brasil e Estados Unidos.
“Fiquei emocionado por participar desta partida e relembrar aquele tempo, reviver a final de 1994, quando ganhamos de outro time dos EUA. Nosso nome está lá e ninguém poderá apagar, é uma satisfação enorme poder ser lembrado por esse período”, destacou o medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Canadá, em 1999.
Lendas do esporte, Smith e Stoklos participaram da brincadeira e se divertiram. Eles receberam ‘atendimento’ da tricampeã olímpica Kerri Walsh, conversaram com o arbitro improvisado e protagonizaram lances de muita habilidade. Stoklos destacou o carinho do público carioca, que ainda o reconhece após as vitórias em solo brasileiro.
“Incrível ver que as pessoas nas ruas ainda me reconhecem por aqui e me chamam de ‘Rei do Rio’. É algo que não consigo descrever sobre o amor que as pessoas nos tratam e que não fomos esquecidos. O público veio aqui sabendo que não veriam o jogo com a mesma qualidade que há 21 anos, mas sim para ver as lendas do passado do vôlei de praia”, disse Stoklos, que declarou que não tocava em uma bola há dois anos.
Smith destacou a qualidade da etapa brasileira, que tem recebido grande público durante o Rio Open, com partidas em seis quadras e teste no formato olímpico de 24 duplas.
“Fisicamente não é mais a mesma coisa, obviamente. Mas as pessoas curtem ainda nos assistir, acompanhar nossas partidas contra Franco e Roberto. Nós somos amigos, aliás, somos amigos de todas as duplas brasileiras que jogaram conosco. Agradecemos à CBV, ao COB, Rio 2016 e à FIVB por esta oportunidade, por podermos ver de perto o quanto o Brasil ama o vôlei de praia e está fazendo um grande esforço para o crescimento do esporte”.