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Para a final da Superliga, Vôlei Nestlé troca a noite pelo dia

por: Pedro - Redação

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Dani Lins revela gostar de jogar pela manhã
(João Pires/Fotojump)

Fonte: ZDL –  Rafael Zito

O Vôlei Nestlé chega para a final da Superliga 2016/17 após ter disputado 27 partidas, com 22 vitórias. Todos os duelos foram realizados a noite ou a tarde, mas a decisãol está marcada para domingo (23), às 10h, no Rio de Janeiro, na Jeunesse Arena. Pensando no último e decisivo confronto pela competição nacional, o time de Osasco mudou sua rotina de treinos. Agora os trabalhos táticos e com saltos estão sendo realizados pela manhã, no horário do jogo. Já a parte física e as atividades especificas para cada fundamento no segundo período de atividades do dia.

A líbero Camila Brait conta que a nova programação foi difícil no início, mas que a equipe está se adaptando. “Essa é uma das vantagens de ter vencido a semifinal em três jogos. Desde segunda-feira (10) estamos treinando saltos e coletivos pela manhã e a parte física e as atividades específicas à tarde. O primeiro dia foi complicadol, mas no segundo já melhorou e no terceiro todo mundo estava dando na bola com mais naturalidade. Já estamos nos adaptando e os treinos vão ficando cada vez melhores a partir do momento que o corpo vai se acostumando. Essa fase é importante porque não é fácil jogar às 10h, pois você precisa acordar por volta das 7h, horário que não estamos acostumadas. É um trabalho fundamental para que possamos chegar com o máximo possível de adaptação”, comenta a defensora.

Apesar das dIficuldades naturais, Dani Lins releva que gosta de jogar pela manhã. “A adaptação está tranquila e dentro do esperado. O primeiro dia foi mais difícil e deu para perceber pelo treino, que foi um pouco arrastado. Na terça-feira já estavam todas bem ligadas. É questão de dois dias para se adaptar e eu, particularmente, até gosto de jogar de manhã. Sempre acordo bem cedo para passear com meus cachorros, então isso já está na minha rotina. Ter uma semana a mais para isso é positivo, pois a outra semifinal ainda vai ter a quinta partida nesta sexta-feira (Rexona-Sesc x Camponesa/MInas, às 20h, no Rio). Isso é o lado bom, mas tem o ruim que é o fato de perdermos ritmo de jogo, pois é bastante tempo sem atuar. Vamos ter que buscar manter esse ritmo que vínhamos nos treinamentos intensos e com bastante volume”, afirma a levantadora.

O preparador físico Marcelo Vitorino explica que essa mudança na rotina requer um período de aquecimento mais longo. “O corpo está acostumado a ter um ritmo mais lento pela manhã e mais forte no período da noite. Quando falo mais forte é em relação ao volume de saltos. O organismo precisa se acostumar com essa mudança porque você está com outro tipo de sintonia pela manhã, pois vem de uma noite de sono, então provavelmente musculaturas e articulações estão menos preparadas para atividade. Por isso, precisamos aumentar toda essa base de aquecimento e essa semana foi excelente para facilitarmos uma maior adaptação para a partida de domingo”, explica o profissional da parte física.

O time de Osasco lidera as estatísticas da CBV no fundamento ataque com 27,38% de eficiência, sendo segundo em saque, com 6,41%, e em defesa, com 42,04%, quarto em bloqueio, com 29,90%, e quinto em levantamento, com 17,13%. Individualmente, Tandara é a segunda melhor atacante, com 26,68% e a primeira em saque, com 9,40%. Ela é também a maior pontuadora da Superliga com 408 acertos. Camila Brait é a segunda em defesa, com 41,86%, e Bia é a atleta com mais pontos de bloqueio nesta Superliga, com 106 acertos. É a única que superou a marca de 100 pontos. Em aproveitamento, a central é a segunda com 35,09%.