Fonte: ZDL – Rafael De Marco
O Vôlei Nestlé enfrenta o BRB/Brasília nesta terça-feira (30/01), a partir das 20h, no ginásio do Sesi Taguatinga, em busca da sexta vitória consecutiva na Superliga 2017/18. Para Tandara e Fabíola, além de manter a invencibilidade no returno da competição, a partida tem sabor especial. Isso porque jogarão ‘em casa’. Nascidas em Brasília, contarão com a torcida especial dos familiares que prometem fazer barulho no ginásio da cidade satélite da capital federal.
Fabíola volta a jogar na cidade de natal após três anos no vôlei europeu. “Jogar em Brasília é sempre uma alegria muito grande. É onde estão meus pais, irmãos, tias e sobrinhos. Foi onde nasci, onde iniciei minha carreira no vôlei, onde a primeira porta foi aberta para disputar a Superliga. Por tudo isso, é sempre uma alegria jogar na cidade em que nasci e poder ter a família presente no ginásio”, conta a levantadora, que completa. “Meus familiares gostam muito e é sempre uma festa quando jogo perto de casa. Desta vez não será diferente e fico muito feliz com isso”.
Tandara também confessa sentir uma emoção especial toda vez que entra em quadra na cidade natal. “Sou muito ligada aos meus familiares e fico muito emocionada toda vez que vou para Brasília. Além das folgas, quando tem um jogo como este contra o BRB, também aproveito para matar a saudade dos parentes e amigos”, afirma a maior pontuadora da Superliga, com 301 pontos. A ponteira/oposta pretende presentear a família e seus fãs com uma grande atuação e, mais importante, a vitória. “Vamos dar o nosso máximo para conseguir os três pontos e seguir na nossa caminhada em busca do título da Superliga”.
O Vôlei Nestlé volta à quadra quatro dias após bater o Fluminense por 3 sets a 2, no José Liberatti. Foi o primeiro jogo depois do tricampeonato da Copa Brasil. Por isso, a expectativa é para manter o alto nível e conquistar mais um resultado positivo da competição nacional. “Seguimos trabalhando na construção dessa equipe. O título conquistado em Lages (Santa Catarina) foi importante para nos dar mais motivação e confiança de que estamos no caminho certo. Esperamos uma partida difícil em Brasília, mas nos preparamos para conquistar mais um resultado positivo”, explicou o técnico Luizomar.
Em casa – A ponteira/oposta Tandara e a levantadora Fabíola nasceram em Brasília e iniciaram a carreira em categorias de base no Distrito Federal. Como atletas de elite, defenderam o extinto Brasil Telecom, equipe de Brasília, na Superliga 2006/2007 e conquistaram o título da Superliga pelo Sollys Nestlé em 2012. Cinco anos depois, voltam para Osasco para atuar juntas no Vôlei Nestlé em busca de novas conquistas. Já ganharam o hexacampeonato paulista e o tri da Copa Brasil. Mas querem mais. Querem a Superliga.
Apesar de viverem fora da Capital Federal desde a adolescência, as atletas mantêm uma relação de carinho com a cidade. O elo de ligação é a família. As duas têm a maior parte dos parentes na cidade e, sempre que o calendário de treinos e jogos permite, aproveitam para recarregar as baterias na casa dos pais.
Fabíola lembra o período da gravidez da segunda filha, no final de 2015 e início de 2016, e do apoio recebido para se manter em forma para disputar sua primeira olimpíada após o nascimento de Annah Vitória. “Eu estava pré-convocada para a Seleção Brasileira para a Rio-2016 e fiz todo o período de preparação física antes do parto no Distrito Federal. Contei com o apoio da família e fiz uma parceria com o Sesi. Minha relação com a cidade é muito boa e sempre que posso vou visitar a família”, conta a levantadora, que na época defendia o Volero Zurich, da Suíça.
Exemplo para a nova geração – Além dos laços de família, Tandara procura contribuir para o futuro do vôlei no Distrito Federal. “Fico feliz porque há inúmeras crianças em Brasília que se espelham na minha vida e no meu trabalho. Vestir a camisa da Seleção Brasileira e estar em um grande clube como o Vôlei Nestlé também serve como inspiração para elas”, conta a ponteira, que deixou o conforto da casa dos pais para disputar sua primeira Superliga em 2005, aos 16 anos.
Além de Tandara e Fabíola, o Vôlei Nestlé tem uma terceira atleta da Capital federal. A jovem ponteira Bruna Neri, de 25 anos, também nasceu em Brasília. A atacante começou a carreira no esporte na AABB/DF, passou pelo Brasília Vôlei e depois por São Caetano, até ser contratada pela equipe de Osasco na temporada passada.
Foto Destacada: João Pires