Fonte: ZDL – Rafael Zito
Cinco títulos nacionais e muita fome de mais conquistas. Este é o Vôlei Nestlé que busca o hexacampeonato da Superliga na temporada 2016/17. O time comandado pelo técnico Luizomar decide o título contra o Rexona-Sesc neste domingo (23), às 10h, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, com transmissão de TV Globo, SporTV e RedeTV. O clube enfrenta um adversário tradicional em decisões, pois será o 11º encontro entre ambos em partidas que valem o título do principal campeonato nacional.
Camila Brait está em Osasco desde 2008 e vai para sua sétima final de Superliga, sendo as seis anteriores diante do maior rival. A líbero reforça o desejo de conquistar o título no domingo. “A ansiedade é inevitável. Vou para minha sétima final, mas cada ano é uma história diferente. Nessa temporada nossa Superliga foi de superação. Tudo que fizemos até aqui foi por nossos méritos. O Vôlei Nestlé não está satisfeito de só ter chegado na final. Batalhamos a competição inteira para estar aqui e queremos conquistar esse título. Vamos entrar com vontade e, ao mesmo tempo, tranquilas. É o último jogo do campeonato e ele requer agressividade e intensidade, mas também calma e paciência nos momentos de dificuldades”, afirma a jogadora, que é a segunda colocada em defesa, com 41,86% de eficiência.
Dani Lins comenta sobre a importância de encontrar um equilíbrio entre intensidade e tranquilidade. “Sabemos que em uma final tem ansiedade e nervosismo. Logicamente que temos que entrar com vontade de ganhar, mas é importante também saber que em etapas do jogo, dependendo de como estiver o placar, é fundamental ter lucidez, paciência e tranquilidade de fazer nosso melhor, evitando os erros. O excesso de vontade pode atrapalhar e às vezes é difícil encontrar esse equilíbrio. Sinto o Vôlei Nestlé bem consciente quanto a isso. A força do grupo que fez com que nosso time chegasse nessa decisão e vamos seguir assim. A nossa equipe adquiriu essa característica de uma ajudar a outra nos momentos de dificuldades e acredito que essa seja nossa maior virtude”, assegura a levantadora.
Trabalho de adaptação – O Vôlei Nestlé realizou seus dois primeiros treinos na Jeunesse Arena nesta quinta-feira (20) visando adaptar-se ao ginásio que recebe a final da Superliga 2016/17. E vai trabalhar no local em dois períodos nesta sexta-feira (21) e também no sábado (22). Camila Brait destaca a importância de treinar no local da final. “Por mais que tenhamos mudado nossa rotina na semana passada é muito importante ter chegado quatro dias antes para poder treinar na Arena da decisão. É um ginásio bem diferente em comparação com o nosso e a adaptação é questão de tempo. Até domingo já estaremos sacando como fizemos durante toda temporada no Liberatti. Essa é uma arma muito importante da nossa equipe. A melhor preparação é no treino e estamos fazendo isso em um clima bom e com nível de concentração lá em cima”, garante a líbero.
A levantadora sabe que a adaptação é importante para que o grupo se sinta à vontade em quadra. “É um ginásio grande e totalmente diferente do que estamos acostumadas. Jogamos aqui apenas uma vez esse ano, mas com esses dois treinos já deu para pegar bastante as referências. Acho que o time não sentiu tanto como da primeira vez que viemos atuar aqui. Os saques e os ataques saíram bons para o primeiro dia. Ainda temos mais dois treinos táticos pela manhã e quatro se somarmos os dois períodos. Isso será determinante para que possamos entrar em quadra se sentindo à vontade”, admite Dani Lins.
Equilíbrio na temporada – O Vôlei Nestlé chega na final com uma campanha de 22 vitórias em 27 partidas, com 71 sets vencidos e 25 perdidos. O time de Osasco terminou a fase de classificação na vice-liderança, atrás apenas do Rexona-Sesc. Os dois clubes se enfrentaram duas vezes na temporada e o placar está empatado por 1 a 1. No José Liberatti, a equipe comandada por Luizomar venceu por 3 sets a 2, parciais de 23/25, 26/24, 20/25, 25/23 e 15/13. Na ocasião, Tandara foi a maior pontuadora, com 32 acertos, e eleita a melhor em quadra. No returno, o Rio de Janeiro ganhou por 3 a 1, com séries fechadas em 25/20, 21/25, 25/21 e 25/15. Paula Borgo, oposta do Vôlei Nestlé, foi a jogadora que mais pontuou, com 21 acertos, e Monique ganhou o troféu VivaVôlei.
Os clubes já se enfrentaram 82 vezes na história da Superliga e as cariocas levam vantagem com 47 vitórias contra 35 do time de Osasco. Nos últimos 24 jogos pela competição nacional, o Rio de Janeiro soma 14 vitórias contra 10 de Camila Brait e suas companheiras. Somando todos os campeonatos, de 2009 para cá, a equipe carioca tem 16 vitórias contra 11 de Osasco. Vôlei Nestlé e Rexona-Sesc são os mais vitoriosos do vôlei brasileiro. São 11 títulos de Superliga e 4 Sul-Americanos para Rexona-Sesc. Já a agremiação de Osasco tem 5 conquistas de Superliga, 4 Sul-Americanos e é campeão do Mundial de Clubes, em Doha, 2012.
O time de Osasco lidera as estatísticas da CBV no fundamento ataque com 27,38% de eficiência, sendo segundo em defesa, com 42,04%, e em saque, com 6,41%, quarto em bloqueio, com 29,90%, e sexto em levantamento, com 17,13%. Individualmente, Tandara é a segunda melhor atacante, com 26,68% e a primeira em saque, com 9,40%. Ela é também a maior pontuadora da Superliga com 408 acertos. Camila Brait é a segunda em defesa, com 41,86%, e Bia é a atleta com mais pontos de bloqueio nesta Superliga, com 106 acertos. É a única que superou a marca de 100 pontos. Em aproveitamento, a central é a segunda com 35,09%.