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Com quase um mês de Vôlei Nestlé, sérvias estão à vontade e com rápida adaptação

por: Pedro - Redação

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Malesevic e Bjelica  (Luiz Pires/Fotojump)
Malesevic e Bjelica                                                                                                                  (Luiz Pires/Fotojump)

Fonte: ZDL – Rafael Zito

“Oi, tudo bem? Nós ganhamos”. Foi tentando falar algumas palavras em português e esbanjando simpatia que a ponteira Tijana Malesevic iniciou sua primeira entrevista após uma partida oficial. Ela e sua companheira Ana Bjelica estrearam pelo Vôlei Nestlé na vitória diante do Sesi, por 3 a 0, na última rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista. As duas sérvias já estão treinando no clube de Osasco há quase um mês e o período de adaptação tem sido satisfatório e acima do esperado.

Malesevic entrou durante da partida e contou com a presença da mãe no ginásio José Liberatti. “Já me sinto muito à vontade aqui. Está sendo incrível fazer parte deste grande clube, trabalhar com profissionais excelentes e ter essa torcida apaixonada ao lado. Contar com o carinho da minha mãe no primeiro jogo foi muito especial, mas sinto que tenho mais que isso aqui porque fui bem recebida. O clube conta com pessoas bacanas que me dão todo suporte para que possa desempenhar meu melhor e me sentir em casa. Convido a torcida para que siga lotando nosso ginásio para que possamos fazer uma temporada histórica”, afirma a ponteira.

Já Bjelica comenta sobre a primeira impressão e os momentos que antecederam sua estreia. “Foi uma primeira impressão maravilhosa. O clube tem uma torcida fanática. Minha felicidade é enorme em jogar no Brasil, que considero o país do vôlei. Não foi difícil esperar, pois a comissão técnica sempre me deu tranquilidade de que iria estrear na hora certa. Não vim a passeio. Estou aqui a disposição para jogar, me desenvolver e espero evoluir jogo a jogo. Fiquei sabendo que a Superliga é longa e muito difícil, portanto, precisamos trabalhar duro para que possamos dar alegrias aos nossos torcedores”, destaca a oposta.

O técnico Luizomar avalia o primeiro mês de trabalho das estrangeiras. “Ainda é precoce para ter uma avaliação em relação a parte técnica. Nosso foco está sendo na adaptação, fator que vai fazer com que elas apresentem seu melhor vôlei. Estamos observando como elas estão se entrosando com as colegas de equipe, entendendo a nossa filosofia de treinamento e como estão encarando o trabalho da preparação física. Olhando neste aspecto está sendo bastante positivo. Elas chegaram com disposição e isso é muito bom. Estão querendo aprender e contribuir o mais rápido possível. Quando estiverem adaptadas com língua, cidade e filosofia de trabalho vão poder ajudar com seus máximos e acredito que possam agregar muita coisa ao time”, ressalta o treinador.

Rafael Rocamora e Marcelo Vitorino são os responsáveis pela parte física. Com o primeiro na seleção brasileira juvenil, coube ao segundo dar início ao trabalho. “Elas tinham um cotidiano de trabalho físico diferente do que temos aqui. Eram treinos diários com bola e apenas duas vezes por semana a parte física. Fizemos uma adaptação para entenderem nosso planejamento, com cargas leves, mais coordenativas e estímulos de adaptação para musculatura. No início senti a parte superior um pouco mais fraca do que estamos acostumamos. Demoraram um pouco para se adaptarem a isso, mas já estão praticamente no mesmo ritmo das outras. Agora já entraram na fase crescente e de força para que ganhem potência e velocidade lá na frente. A vaga direta para a semifinal ajuda porque conseguimos manter os treinos de prevenção e dar continuidade aos estímulos de adaptação à força que é a nossa programação para a Superliga e a fase final do Paulista”, explica Marcelo.

O Vôlei Nestlé terminou a primeira fase do Paulista invicto com seis vitórias e na liderança. Foram resultados positivos contra São Bernardo Vôlei, São Cristóvão Saúde/São Caetano e Sesi, em casa, e Renata Valinhos/Country, Pinheiros e Concilig/Vôlei Bauru, como visitante. Classificado entre os quatro melhores, o time de Osasco encara o vencedor do confronto de quartas de final entre São Cristóvão Saúde/São Caetano e Renata Valinhos/Country.