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Manchas roxas de Phelps são comuns no BRB/Brasília Vôlei

por: Pedro - Redação

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Crédito: Shizuo Alves/Ponto MKT Esportivo
Crédito: Shizuo Alves/Ponto MKT Esportivo

Fonte: Ponto MKT Esportivo

As tão comentadas marcas circulares roxas não são exclusividade dos ginastas e nadadores que competem nos Jogos Rio 2016. Notadas principalmente por aparecerem no corpo do supercampeão norte-americano Michael Phelps, elas também são rotineiras nos ombros das atletas do BRB/Brasília Vôlei.

As marcas, entretanto, não são machucados ou queimaduras causadas por compressas de gelo, mas são resultados da técnica terapêutica milenar conhecida como cupping, ou ventosaterapia.

Utilizada como alternativa à acunputura visando auxiliar a recuperação muscular, a ventosaterapia surgiu na China há cerca de 3 mil anos, popularizando-se também no Egito e no Oriente Médio, podendo ser executada de diversas formas. É o que explica Walisson Uaqui, fisioterapeuta do BRB/Brasília Vôlei. “Há profissionais que utilizam copos de vidro e fogo. No Brasília utilizamos uma pistola de ar que gera uma sucção na pele através de cuias de acrílico. A técnica consiste em fazer uma pressão negativa nos tecidos, assim criando espaços entre eles onde aumenta o aporte sanguínea local, oxigenando melhor a musculatura e a liberação de toxinas no tecido muscular”, diz.

Uaqui ressalta os momentos ideais para utilizar a ventosaterapia. “Aplicamos bastante quando as atletas sentem que a tensão muscular está elevada, geralmente após partidas e treinos de musculação”.

Como a temporada é longa e nos treinamentos diários o risco de lesão é levado ao limite, muitas jogadoras recorrerem à ventosaterapia. É comum, por exemplo, ver a central Vivian Pellegrino com as manchas, que podem até assustar a quem não conhece o procedimento e levam cerca de uma a duas semanas para desaparecerem. “Quando saímos com o ombro roxo notamos as pessoas olhando com uma expressão de estranheza e alguns perguntam: o que é isso? Você caiu? (Risos). Aí explicamos que é uma técnica de fisioterapia e que somos atletas”, afirma a jogadora.

A central relata as diferenças do antes e depois do uso da técnica. “Antes me sinto com a musculatura presa e tensa. Quando fazemos a terapia, tenho alivio em seguida e é excelente para aguentarmos a carga de treino”, conta.

Dói?

A primeira pergunta feita é se as marcas e a terapia doem ou não. Acostumada a esse procedimento devido à vida dedicada ao vôlei e à seleção brasileira, a ponteira bicampeã olímpica Paula Pequeno explica o que se sente durante e ao fim de uma sessão. “Só usava para soltura do músculo tensor da fáscia lata nas pernas. Usei por muitos anos na seleção, hoje uso pouco e não dói nada”, brinca.

Vivian completa. “Às vezes, quando o músculo está muito tensionado, dói um pouco durante o processo, mas depois é uma sensação de alívio imediato”.